Todo o caminho é bom, pois o homem é esperado em todos eles.
«Sándor Csoóri»

PR1 Trilho da Cidade da Calcedónia

Trilho da calcedónia

 

“Cidade da Calcedónia é um Trilho pedestre denominado pequena rota (PR), com uma distância real a percorrer de 9,3 km - o tempo médio é de aproximadamente 5 horas - constituído por traçados declivosos, que o tornam de elevada dificuldade. Este Trilho desenvolve-se nos territórios de Covide e de Campo do Gerês, os quais apresentam um enredo histórico-cultural marcante, pelas suas tradições comunitárias e antiguidades arqueológicas.  Este traçado circular, pretende atingir o mítico sítio arqueológico denominado “Fraga da Cidade”, que os eruditos seiscentistas imortalizaram com o clássico topónimo de Calcedónia.”

Texto: www.cm-terrasdebouro.pt/trilhos/trilhos.htm

 

Este trilho vale sempre a pena fazer, tem paisagens magnificas e a subida da fenda compensa… É magnifico verificar que a natureza ainda nos consegue surpreender, dentro da fenda sentimos-nos pequenos ao observar mais um feito da natureza. No topo da Calcedónia avistamos umas paisagens magnificas. Foi um excelente trilho efectuado perto do natal. Recomendado!

Video: PR1 Trilho da Cidade da Calcedónia

Cuidados Especiais e Normas de Conduta

Normas de Conduta

Como o Pedestrianismo “está na moda”, muitas pessoas querem percorrer trilhos, pela quantidade ou talvez só para mostrar as fotos aos amigos e sentirem-se mais importantes porque já foram aqui ou ali… Ao ler o folheto de um percurso, quase ninguém lê ou dá a devida importância à Ficha Técnica ou ás Normas de Conduta, depois o resultado é o que infelizmente encontramos no local, ás vezes somos surpreendidos por sacos plásticos, embalagens de sumos ou plásticos das barras de cereais… Por vezes resolvem trazer para casa uma pequena “lembrança” do local…

Vamos relembrar aqui as normas contidas nesses folhetos que são muito importantes, são conselhos simples que (não foram criados por acaso) ajudam na preservação dos percursos.

 

- Seguir somente pelos trilhos sinalizados

- Cuidado com o gado. Embora manso não gosta da aproximação de estranhos ás suas crias

- Evitar barulhos e atitudes que perturbem a paz do local

- Observar a fauna à distância de preferência com binóculos

- Não danificar a flora

- Não abandonar o lixo, levando-o até um local onde haja serviço de recolha

- Fechar cancelas e portelos

- Respeitar propriedade privada

- Não fazer lume

- Não colher amostras de plantas ou rochas

- Ser afável com os habitantes locais, esclarecendo quanto à actividade em curso e ás marcas do percurso

 

Estes conselhos são muito simples, alguns fazem parte da educação normal (ou deveriam fazer) das pessoas e não são difíceis de cumprir. Não custa nada transportar os “vestígios” da nossa alimentação ou da nossa presença durante o resto do percurso.

Bons trilhos!

Sinalização

Ficha Técnica

Para facilitar a prática do Pedestrianismo foram criados percursos pedestres sinalizados, que têm por finalidade conduzir os adeptos desta modalidade e facilitar a sua orientação, de forma a que não se percam.

Os percursos até 30 km, são designados por Pequenas Rotas (PR), os percursos com mais de 30 km são designados por Grandes Rotas (GR), normalmente são percursos de dois ou mais dias.

As marcações usadas nos percursos são basicamente iguais, a diferença está nas cores usadas. Nas Pequenas Rotas, as cores usadas são Amarelo e Vermelho, nas Grandes Rotas usa-se o Branco e o Vermelho. Nas imagens abaixo, podemos observar um exemplo das marcações encontradas durante um percurso de Pequena Rota.

 

Caminho CertoCaminho Certo

 

 Caminho ErradoCaminho Errado

 

Virar à DireitaVirar Direita

 

Virar à EsquerdaVirar Esquerda

 

Ocasionalmente ao efectuarmos uma Pequena Rota (PR) poderemos passar no mesmo percurso de uma Grande Rota (GR), nesse caso utiliza-se as 3 cores na marcação do percurso.

 

Percurso pedestre de Pequena Rota (PR) decorrendo temporariamente, pelo traçado de uma Grande Rota (GR)GR - PR

 

As marcações do percurso podem ser encontradas nos mais diversos locais, nos postes de iluminação, postes de cercas, rochas, estacas, muros, árvores, etc. Devemos observar com muita atenção as marcações porque em alguns casos podem não estar bem visíveis.

Durante o percurso avistamos por vezes uns montes de pedras empilhadas, normalmente conhecidas por “Mariolas”, são marcos deixados pelos pastores nas serras para seguirem com os seus rebanhos e são bastante úteis quando não avistamos as marcações de um trilho.  Fica aqui um exemplo na foto abaixo colocada.

Mariolas

 

Devemos ter especial atenção ás marcações em cruzamentos ou entroncamentos e confirmar antes de seguirmos por qualquer direcção sem certezas, a fim de evitarmos surpresas…  Devemos ter especial cuidado em dias de nevoeiro, queda de neve ou muita chuva pois é mais difícil avistar as marcações do percurso.

Bons trilhos!

Vouzela

Vouzela

 "Em pleno coração da Beira Alta e beneficiando de uma excelente localização geográfica, o concelho Vouzela encaixa-se entre a serra e o mar distando de Viseu 27 km e de Aveiro 66 km. Com uma área de 193,7 km2, os 11.916 habitantes dividem-se por doze freguesias: Alcofra, Cambra, Campia, Carvalhal de Vermilhas, Fataunços, Figueiredo das Donas, Fornelo do Monte, Paços de Vilharigues, Queirã, S. Miguel do Mato, Ventosa e Vouzela."

Texto: (Ver Fonte)
Percursos Pedestres

 

Fomos convidados por um amigo, a participar na Marcha dos Reis 2009, organizada pela Secção de Montanha do Clube de Campismo do Porto. A marcha inicialmente prevista para ser efectuada, era o PR 4 - Trilho da Penoita. Devido à queda de neve, foi necessário alterar os planos, e arranjou-se um trilho alternativo ao inicial, a queda de neve proporcionou-nos imagens fantásticas, o gelo na estrada provocou estragos ligeiros...

A organização decidiu e bem, alterar o percurso. Em alternativa escolheram o PR 1 - Percurso da N.ª Sr.ª do Castelo, apesar de pequeno, proporcionou boas imagens e um bom convívio. Assim ficamos a conhecer Vouzela e surgiu a vontade de regressar para efectuar o trilho previsto inicialmente e quem sabe efectuar os restantes também.

Vídeo: IV Marcha dos Reis

PR3 Trilho dos Currais


"O Trilho dos Currais, inserido na temática “tradições comunitárias”, percorre uma área de singular beleza natural da Serra do Gerês. Percorre-se ao longo de três currais do Baldio de Vilar da Veiga: o Curral da Espinheira, o Curral da Carvalha das Éguas e o Curral da Lomba do Vidoeiro, constituindo um percurso de pequena rota (PR) cuja distância a percorrer é de 10 km, sendo o grau de dificuldade médio a elevado. Inserido no âmbito Cultural e Paisagístico, o Trilho dos Currais proporciona um contacto directo com o espírito e tradições comunitárias locais, a partir da organização silvo-pastoril na forma de vezeira.

Esta prática comunitária, peculiar da Serra do Gerês, decorre de Maio a Setembro, sendo o gado bovino da comunidade encaminhado pelos caminhos carreteiros até à serra alta, onde se situam os currais.

Os vezeiros - proprietários do gado - acompanham durante dias ou semanas o gado, consoante o número de cabeças que possuem, transportando os utensílios para a alimentação e estadia nas cabanas dos currais. A manutenção destas estruturas comunitárias é assegurada anualmente. Todos os anos, previamente à subida do gado para a serra, no dia dos cubais, os proprietários limpam os caminhos carreteiros, arranjam as cabanas e as fontes."

Texto: www.cm-terrasdebouro.pt/trilhos/trilhos.htm


O Trilho dos Currais tem inicio junto ao Parque de Campismo do Vidoeiro. Durante o percurso tivemos a sorte de encontrar alguns vestigios de neve, que tinha caido nos dias anteriores à caminhada. A descida da "Pedra Bela" até ao fim do percurso, perdeu um pouco o interesse devido a incêndios anteriores, mas já se nota alguma recuperação da vegetação. O resto do percurso tem paisagens que o Gerês já nos habituou.

Video: PR3 Trilho dos Currais

Minas dos Carris


"Situadas na Serra do Gerês em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês. As Minas dos Carris encontram-se a uma altitude de 1440 metros e o complexo mineiro é composto por uma série de ruínas nas quais é possível se rever a história da exploração do volfrâmio em Portugal. Por se localizarem numa zona protegida, a sua visita requer sempre um especial cuidado com o frágil ambiente envolvente."

Texto: http://www.carris-geres.blogspot.com/


Apesar da longa subida, a caminhada vale a pena. Mal avistamos as primeiras ruínas, continuamos em frente, em direcção à lagoa. Logo após uma breve refeição resolvemos explorar o lugar...
Em casa, revemos as fotos e guardamos recordações, mas quando a saudade aperta... "Caminhamos pelo Blogue do Rui", percorremos aqueles textos escritos por alguém que se preocupa pelos Carris e não quer deixar esquecer...

Parabéns Rui, pela tua paixão!


Video: "Minas de Carris"

Ponte da Misarela



A lenda da ponte de Misarela

"Legado exuberante do imaginário popular, construído de estórias e memórias de origem obscura, narradas e acrescentadas ao longo de anos e séculos, e fortemente ligado a crenças religiosas, com seus temores, terrores, profissões de fé e ânsias de protecção divina, as lendas constituem um vasto e fascinante espólio cultural do nosso país. O Norte português é especialmente rico no que ao lendário respeita, numa sarabanda fantasmática de espectros e almas penadas, duendes e princesas cativas, lobisomens e potes de ouro escondidos. No Barroso, muitas são as lendas passadas de geração em geração, mas a mais notória de todas será a da Ponte da Misarela, em que, como em tantos outros casos acontece, o protagonista é o diabo. O próprio, em pessoa. Localizado na aldeia de Sidrós, na freguesia de Ferral, o cenário do episódio é a velha Ponte da Misarela, sobre o Rabagão, cujas margens penhascosas surgem belas a uns e horríveis a outros, conforme a imaginação e o estado de espírito.

Conta, então, a lenda que, sabe-se lá quando, um desgraçado criminoso, tentando escapar-se ao longo braço da justiça, acabou por ver-se encurralado, em desespero, nos penhascos sobranceiros ao rio Rabagão. É natural e comum que, em tão adversas circunstâncias, se apele à intervenção divina, mas, talvez porque fosse excessivo o peso dos pecados na consciência, o foragido optou por convocar o diabo, que está sempre atento a estes lances para deles sacar proveito. Assim, foi instantânea a aparição do mafarrico, que não esteve com meias medidas na chantagem do costume: "Salvo-te, pois claro, se me deres a alma em troca". E que importância tem a alma, quando é o corpinho que está com problemas?

Aceitou o celerado a oferta e, logo ali, com o poder que se lhe reconhece, o diabo, enquanto esfregava um olho, fez aparecer uma ponte ligando as margens do rio. Sem olhar para trás, o perseguido atravessou para a outra margem, após o que, sujeito de palavra, o demónio fez desaparecer a ponte, assim travando a perseguição das autoridades.

Retomou o maligno às suas infernais instalações com a alma do desgraçado, mas o assunto não se ficava por ali. Salvo o corpo mas perdida a alma, viria o criminoso arrepender-se da permuta, pelo que decidiu procurar um frade - conhecido na região por viver em estado de santidade - e contar-lhe o sucedido. "Pecado, meu filho, terrível pecado!", conjecturou, supõe-se, o santo homem, passando, de pronto, ao conselho prático: "Vais outra vez ao lugar junto ao rio e voltas a chamar o Diabo, tomando a pedir-lhe ajuda para a travessia. E deixa o resto comigo".Assim foi feito. O desalmado chama, o cornudo aparece e, com assinalável espírito de colaboração e não menos louvável desinteresse - a'alma do outro já lá cantava -, satisfaz o pedido: a ponte salvadora reaparece. O homem começa a atravessá-la, mas, quando ia a meio, aparece na outra extremidade o frade magano, que rapa da água benta e asperge com largos gestos. Fica benzida a ponte, que permanece no sítio, esfuma-se o mafarrico e o penitente recupera a alma perdida. Consumava-se a vitória do Bem sobre o Mal, mas ficava, ainda, mais que contar.

Acrescenta a lenda que, radicado nas populações circunvizinhas o carácter sagrado da Ponte da Misarela, passou a ser hábito que, quando uma mulher não levava os filhos a cabo - ou seja, quando algo ia mal na gravidez -, se dirigisse à Ponte e debaixo dela pernoitasse, na expectativa de ajuda celeste para o seu problema. Na sequência da operação, estava estabelecido que a primeira pessoa que atravessasse a Ponte no dia seguinte teria que ser padrinho ou madrinha da criança, à qual seria posto o nome de Gervásio, se rapaz viesse ao mundo, ou de Senhorinha, se de rapariga se tratasse. E isto para que, por obra e graça do pré-baptismo, a mulher tivesse um bom sucesso na sua gravidez."



A Ponte da Misarela situa-se sobre o rio Rabagão, perto da Barragem da Venda Nova, mais propriamente no lugar da Misarela, freguesia de Ferral, no concelho de Montalegre.

Video: "Ponte da Misarela"

Castro Laboreiro


"A freguesia de Castro Laboreiro, localizada no planalto com o mesmo nome, em plena serra, numa extensa área dentro do Parque Nacional da Peneda Gerês, dista vinte e cinco quilómetros da sede do concelho.Confronta com terras da Galiza, a norte e nascente, Gavieira (Arcos de Valdevez), a sul e poente e Lamas de Mouro, a poente. O seu nome vem de duas palavras Castrum, Castro – povoação fortificada pelo povo castrejo, de raça celta, que, depois do seu nomadismo durante milhares de anos nos planaltos, vivendo da caça e da pesca, e depois do pastoreio, se fixou nos outeiros para ali viver em comunidade e se defender das tribos invasoras, desde quinhentos anos antes de Cristo até ao século VI da era cristã: Laboreiro – do Latim “Lepus”, leporis, leporem, leporarium, lepporeiro, leboreiro."

Texto: (Ver Fonte)


O "PR3 Trilho Castrejo" é um trilho bonito, com paisagens magnificas. Decorre pelos antigos caminhos que ligavam as Brandas ás Inverneiras, é um percurso circular com cerca de 17 km.

Video 1: "Castro Laboreiro - PR3 Trilho Castrejo"


O castelo foi mandado construir por D. Dinis, embora algumas referências documentais permitam sustentar que existiria uma fortificação anterior, que teria sido tomada por D. Afonso Henriques.

Video 2: "Castro Laboreiro - Castelo"

Pitões das Júnias


"Pitões das Júnias é uma aldeia situada a cerca de 1200 metros de altitude, no norte de Portugal, dentro do Parque Nacional Peneda-Gerês, na região de Barroso, Trás-os-Montes. Faz parte do Concelho de Montalegre, Distrito de Vila Real.Fica próximo a Chaves a leste e Braga a oeste. A distância até a cidade do Porto é de aproximadamente 140 km. Do Aeroporto de Pedras Rubras, a distância é de 133 km, percorridos em 2 horas e 10 minutos. A sua origem confunde-se com a do Mosteiro de Santa Maria das Júnias, entre os séculos IX e XI.A localização no extremo norte de Portugal, o clima inóspito no Inverno e a consequente imigração contribuíram para que a aldeia conservasse a sua pequena população e o característico aspecto medieval. As construções em pedra e a beleza natural do lugar deram início nos anos 90, ao turismo ecológico na região."



Por várias vezes, visitamos Pitões das Júnias e fomos sempre muito bem recebidos. Observarmos paisagens deslumbrantes ao efectuar o "Trilho de Sª Mª das Júnias", visitando o Mosteiro e seguindo pela Cascata, visitamos o Pólo do Ecomuseu de Barroso e resolvemos ir mais além, seguimos em direcção a S. João da Fraga.

Mas no final do dia o pensamento é sempre o mesmo... Voltar!